terça-feira, 5 de abril de 2011

Matéria!

TJD/RJ suspende Jorge Rabello por 30 dias!


Ao contrario do esperado, Rabello que esteve presente no julgamento não desmentiu o que foi veiculado na imprensa

04/04 presidente da Comissão de Arbitragem de Futebol da Federação de Futebol do Estado Rio de Janeiro (Coaf/RJ), Jorge Fernando Rabello (foto), não escapou de uma punição no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD/RJ). As críticas feitas recentemente ao trabalho do tribunal lhe renderam nesta segunda-feira, dia 4 de abril, uma suspensão de 30 dias de suas atividades, após decisão unânime da Primeira Comissão Disciplinar. Com a punição, o comandante da arbitragem carioca não poderá exercer a função até o início do mês de maio.
A Procuradoria não ficou nada satisfeita com o que Rabello disse em função da denúncia confirmada para o meia Ronaldinho, do Flamengo, por conta de uma entrada dura em jogada com o goleiro Ricardo Berna, do Fluminense. Advertido com cartão amarelo pelo
árbitro do clássico, o jogador, no entender do dirigente da arbitragem, não teria mais motivos para sofrer novas sanções.
“Não tem nenhuma chance de ele sofrer punição. O árbitro advertiu o Ronaldinho com cartão amarelo numa decisão conjunta com o assistente da linha de fundo. O jogador deu um carrinho, não atingiu o Berna, nem imprudência pode ser considerada. Não existe amparo técnico ou legal para que o jogador seja punido”, garantiu Rabello.
A Procuradoria o denunciou no artigo 258 caput (Assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código. (Redação dada pela Resolução CNE nº 29 de 2009).
PENA: suspensão de uma a seis partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de quinze a cento e oitenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código.
Presente à sessão, Jorge Rabello prestou depoimento e em nenhum momento alegou não ter dito as palavras que foram veiculadas na imprensa. Ele apenas disse que elas foram editadas e não apareceram na ordem em que falou. "Apenas respondi as perguntas que o jornalista fez e fui respeitoso com o tribunal. Em nenhum momento tive a intenção de ofender ou desrespeitar alguém". Os auditores, no momento de votar, foram unânimes em afirmar que Rabello não desmentiu as palavras que culminaram na denúncia. Assim, entenderam pela punição.
Declaração contra a arbitragem:
10/03 - O presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Carioca de Futebol (Ferj), Jorge Rabello, criticou o árbitro da partida entre Fluminense e América, pela segunda rodada da Taça Rio, realizada nesta quarta-feira, no Engenhão. O motivo foi a defesa do goleiro tricolor, Ricardo Berna, em pênalti cobrado por Diguinho. O camisa 1 se adiantou bastante, mas a arbitragem validou o lance.
Irritado, Rabello chegou a sugerir que o juiz João Batista de Arruda consultasse um oftalmologista.
- Não há justificativa para o árbitro não ter visto. Isso passa a ser problema de oculista. O assistente, pior ainda. Era função dele levantar a bandeira. A regra é clara. Ela diz que quando o goleiro se mexe exageradamente, a cobrança tem que ser repetida. Há três anos nós fazemos treinamentos. Não aceitamos um erro desse, não vamos passar a mão na cabeça de ninguém - disse em entrevista à Rádio Tupi.
Jorge Rabello revelou que o novo assistente, que fica posicionado ao lado da meta, relatou a irregularidade ao árbitro:
- O assistente adicional está ali como elemento de informação. Ele não tem poder de decisão. O assistente, o antigo bandeirinha, tem que ver se o goleiro se mexeu antes da cobrança e se a bola entrou. O assistente adicional informou que, na opinião dele, o goleiro tinha se adiantado, mas não tem poder de decisão.
O presidente da comissão de arbitragem da Ferj afirmou que vai ouvir as explicações do árbitro e do assistente em reunião nesta sexta-feira, antes de anunciar qualquer punição:
- Foi uma infração clara, óbvia e na frente do árbitro. Por que ele não voltou o pênalti só Deus sabe. Vou ouvir o árbitro e o assistente. Ouvir a explicação deles. Se é que existe alguma.
Por último, Jorge Rabello definiu o que é permitido para o goleiro em uma cobrança de pênalti:
- O goleiro não é helicóptero, ele precisa de impulso. Por isso, autorizamos que ele tire um dos pés da linha. Qualquer coisa acima disso, a cobrança deve ser repetida. Eu estive conversando com alguns preparadores de goleiros. A gente acha humanamente impossível o goleiro ficar com os dois pés em cima da linha e ir na bola. O goleiro pode dar um passo com um pé. Isso a gente entende como normal.

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