terça-feira, 29 de março de 2011

Luto!

Biografia
José Alencar Gomes da Silva, ou simplesmente José Alencar, foi um empresário e político mineiro. Nascido em 17 de outubro de 1931, em Muriaé, na Zona da Mata mineira, Alencar foi dono de uma das maiores indústrias têxteis do país e vice-presidente da República por oito anos. Com 14 anos, deixou a casa dos pais para trabalhar como balconista. Aos 18 anos, começou sua carreira como comerciante e, posteriormente, empresário. Para isto contou com a ajuda de um irmão, que lhe emprestou quinze mil cruzeiros, o suficiente para abrir uma loja chamada "A Queimadeira", que vendia chapéus e calçados.

Em 1967, na cidade de Montes Claros, fundou a Companhia de Tecidos Norte de Minas, Coteminas, uma das maiores empresas brasileiras do ramo têxtil e que deu origem ao seu império. Em 1994, ingressou na carreira política, candidatando-se ao governo de Minas Gerais sem sucesso. No entanto, quatro anos mais tarde, foi eleito senador pelo estado, com quase três milhões de votos. Alencar foi ainda vice-presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI).

No ano de 2002, José Alencar compôs a chapa vitoriosa de Luiz Inácio Lula da Silva à presidência da República, como vice-presidente. Na época, sua presença foi vista com desconfiança por políticos de esquerda, devido à sua ligação com o setor empresarial. Ao final das eleições, no entanto, sua participação foi reconhecida como fundamental para a vitória. Alencar assumiu a vice-presidência da República em 2003, tendo sido reeleito em 2006 e permanecendo por dois mandatos até o final de 2010.
Fiel a Lula, foi, ao início, um vice-presidente polêmico, tendo sido uma voz discordante dentro do governo contra a política econômica defendida pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. No governo, ele acumulou ainda o cargo de Ministro da Defesa entre 2004 e 2006. Alencar era filiado ao Partido Republicano Brasileiro (PRB), do senador Marcelo Crivella. Apesar de não ter cursado ensino superior, possui dois títulos de Doutor Honoris Causa, concedidos pela Universidade Federal de Viçosa e pela Universidade Estadual de Minas Gerais.

Amor pela vida foi seu principal legado



 Um de seus legados foi a persistência que apresentou na batalha contra um câncer, que durou quase 14 anos. Em 1997, Alencar descobriu pela primeira vez um tumor no estômago. Mais de 20 tumores malignos foram retirados em diversas cirurgias. Vários órgãos foram atingidos pela doença: estômago, rim, próstata, intestino, abdômen. Alencar fez tratamento nos Estados Unidos por um longo período, mas voltou ao Brasil, onde continuou até o final da vida as sessões de quimioterapia, especialmente no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Sempre bem humorado, chegou a pedir ao médico que 'segurasse as pontas' pois dois bisnetos estavam a caminho. Quando questionado pela equipe cirúrgica se a intenção dele era ver o batizado das crianças, ele rebateu: 'quero ver a formatura'.

Em janeiro de 2010, ele chegou a enfrentar cerca de 17 horas de operação para a retirada de nove tumores na região abdominal. No fim do ano, complicações oriundas do câncer o levaram a tratar um edema agudo no pulmão e a sofrer um infarto. Ainda em 2010, permaneceu internado por mais de 30 dias, passando o Natal e o Ano Novo internados. Sua participação na posse de Dilma Rousseff foi vetada pela equipe médica, apesar dele ter pedido alta para o evento.

A alta veio apenas em 2011. Alencar foi liberado um dia após receber a medalha 25 de janeiro, entregue a personalidades no dia do aniversário de São Paulo. Na ocasião disse que a partir daquele momento "já poderia morrer". Em fevereiro, ele foi internado novamente após sentir dores no abdome durante um exame de rotina. Ele completou um mês no hospital, tendo recebido alta apenas no dia 15 de março.

Alencar deixa esposa, Mariza Gomes da Silva, três filhos, Josué, Maria da Graça e Patrícia, netos e bisnetos.


Mensagem da Comissão de Árbitragem!

"Nossos Pais descobrem que um ser está para nascer e trazer as suas vidas um brilho de luz.A cada sorriso, palavra, olhar ou suspiro, uma cachoeira de lágrimas parece inundar seus olhos de alegria e paz.Nos tornamos adolescentes e a busca pela independência é cada vez mais clara. A nossa vontade de conquistar espaço nos distância de quem sempre nos amará, esquecemos a família. Esquecemos de dizer o quanto os amamos.Mas um dia nossos entes queridos se vão. Quando menos esperamos e sem nenhum aviso, Deus tira de nós o que mais amamos.Em nosso peito apenas a dor de um punhal que a cada "meus pêsames" parece pesar.

Nossos
pensamentos divulgam para cada gota de sangue em nosso corpo a culpa de nunca ter dito: "te amo"; "preciso de você", "estou sempre aqui", "me preocupo", e como se não bastasse vem à frase mais forte "a culpa foi minha".Nossos sonhos caem por terra, nossa independência parece perder a importância.E a resposta para essa dor? O tempo e uma certeza:Quando amamos transmitimos em pequenos atos e gestos, e as palavras não importam mais; quando precisamos de alguém, sentimos sua presença, e as palavras não têm mais sentido; quando nos sentimos sós e abandonados, surge uma palavra ou um gesto e descobrimos que nunca estaremos sós.

E a culpa? A culpa é da vida que tem inicio, meio e fim. A nossa culpa está apenas em amar tanto e sentir tanto perder alguém.Mas o tempo é remédio e nele conquistamos o consolo, com ele pensamos nos bons momentos. E com um pouco mais de tempo, transformamos nossos entes queridos em eternos companheiros.Nossos sonhos ganham aliados, nossa independência ganha acompanhantes, nossa vida conquista anjos.E no fim apenas a saudade e uma certeza:Não importa onde estejam, estarão sempre conosco;"

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